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O Centro de Informação e Documentação Amílcar Cabral (CIDAC) foi criado em Maio de 1974 por resistentes ao Estado Novo ligados aos católicos progressistas, à esquerda revolucionária e, em especial, ao "Boletim Anti-Colonial", mantendo-se a luta anticolonial e anti-imperialista como campo de actuação central. Originalmente sob a designação Centro de Informação e Documentação Anti-Colonial, em 1977 passaria a designar-se Centro de Informação e Documentação Amílcar Cabral e, a partir de Fevereiro de 2004, Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral.

Frente política criada em Dezembro de 1975 para denunciar a prisão, tida como ilegal, dos militares e civis de esquerda presos na sequência dos acontecimentos de 25 de Novembro de 1975 e apoiar e exigir a sua libertação, bem como a reintegração dos militares detidos. Desencadeou várias acções, nomeadamente publicações, manifestações e sessões de esclarecimento, contando com o apoio de Movimento de Esquerda Socialista (MES), União Democrática Popular (UDP), Partido Comunista Português (Reconstruído) (PCP(R)), Frente Socialista Popular (FSP), Associação de Ex-Presos Políticos Antifascistas (AEPPA), Partido Revolucionário do Proletariado (PRP), Liga Comunista Internacionalista (LCI), Movimento Cristãos para o Socialismo, pró-FAPIR (Frente dos Artistas Populares e Intelectuais Revolucionário), sindicatos, comissões de moradores e de trabalhadores. A 20 de Fevereiro de 1976 tem lugar uma importante manifestação pela libertação de Otelo Saraiva de Carvalho.
O essencial da sua acção centrar-se-á no ataque, denúncia e desmontagem dos acontecimentos de 25 de Novembro, entendido como um golpe de direita antidemocrático e antirrevolucionário, plasmado, então, nas dezenas de prisões de elementos da esquerda política e militar.