Subsérie 143 - Correspondência de Nuno Simões (A Pátria)

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Zona de identificação

Código de referência

PT-AHS-ICS-PQ-CP-143

Título

Correspondência de Nuno Simões (A Pátria)

Data(s)

  • 1935-1958 (Produção)

Nível de descrição

Subsérie

Dimensão e suporte

15 docs.

Zona do contexto

Nome do produtor

(1894-1975)

História biográfica

"Advogado, político e publicista, Nuno Simões nasceu a 30 de Janeiro de 1894 em Calendário, freguesia de Vila Nova de Famalicão e faleceu em Lisboa a 27 de Julho de 1975. Foi um democrata republicano até ao fim da vida. Deixou o seu nome associado a várias instituições de solidariedade social, que ajudou a criar.

Em 1935, quando desempenhava o cargo de Secretário-Geral do Supremo Tribunal Administrativo, foi afastado compulsivamente de todas as funções no Estado, apenas por perfilhar opiniões políticas divergentes, e sem que lhe fosse imputada qualquer infracção disciplinar ou menor dedicação ou competência no exercício dessas funções.
Nuno Simões fez parte de um afastamento colectivo de 33 funcionários públicos, demitidos das funções que exerciam, em 14 de Maio de 1935, ao abrigo do DECRETO-LEI N.º 25:317 assinado por Carmona e Salazar, (“Diário do Governo”, I Série, n.º 108, de 13 de Maio de 1935), nos seguintes termos: «Os funcionários ou empregados, civis ou militares, que tenham revelado ou revelem espírito de oposição aos princípios fundamentais da Constituição Política, ou não dêem garantia de cooperar na realização dos fins superiores do Estado, são «aposentados ou reformados, se a isso tiverem direito, ou demitidos em caso contrário», não podendo ser «nomeados ou contratados para quaisquer cargos públicos nem admitidos a concurso para provimento neles.»

1. Frequentou o curso dos liceus em Guimarães e no Porto. Era Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra (1913). Foi Sub-Delegado do Procurador da República na comarca de Vila Nova de Famalicão (1913). Nos anos seguintes exerceu advocacia em Guimarães e V. N. de Famalicão e no Porto. Foi Governador Civil de Vila Real (1915/17). Deputado em várias legislaturas (1919/21, 1922/25 e 1925/26), pelo círculo de Vila Real.
Foi Ministro do Comércio e Comunicações por três vezes (em 1921/22, em 1924 e em 1925, nos Governos presididos, respectivamente, por Francisco Cunha Leal, Álvaro de Castro e Domingos Pereira), desenvolveu política de fomento de portos e marinha mercante e dos transportes ferroviários, criou a Junta Autónoma das Estradas, implementou a classificação dos monumentos históricos nacionais, criou a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.

2. Participou nos esforços para apresentação de candidaturas da Oposição às eleições legislativas de 1957 e presidenciais de 1958.
Jornalista, colaborou em diversos jornais e revistas (“Diário de Coimbra”, “Atlântida”, “A Pátria”, “O Jornal”, "O Primeiro de Janeiro", "O Jornal do Comércio”, “A República", "Noticias" (de Lourenço Marques), "A Ilha" (de Ponta Delgada), e, no Brasil, em "O Observador Económico e Financeiro", “Diários Associados” e "Diário de Notícias" (do Rio de Janeiro). Membro do comité de redacção da "Révue Economique Internationale".
Após o seu afastamento (1935), dedicou-se à actividade industrial, exercendo funções de orientador e consultor económico de várias empresas.

3. Publicou, entre outras, as seguintes obras: "Águas Mortas" (crónicas, 1915), "Gente risonha: palavras sobre «a caricatura e alguns caricaturistas do nosso tempo» no primeiro salão d’arte do Salão dos Humoristas do Porto" (1915), "As Nossas Relações Económicas com a Inglaterra" (1931), "Os vinhos do Porto e a defesa internacional da sua marca: subsídio para o estudo da questão" (1932), "O Ultramar como Fornecedor e Cliente das Indústrias Metropolitanas" (1933), "O Brasil e a Emigração Portuguesa" (1934), "Vinhos da Madeira" (1935), "Pescarias e Conservas de Peixe" (1936), “Notas sobre a evolução das relações comerciais entre Portugal e a França desde os fins do século XVIII” (1937), "Portugueses no mundo: esboço para um estudo e notas de uma campanha" (1940), “Sobre a indústria nacional de curtumes” (1945), “Esplendor económico de São Paulo (Discurso pronunciado no Instituto de Coimbra na Comemoração do quarto centenário da fundação de São Paulo)”, 1955; “Actualidade e permanência do luso-brasilismo: conferências e discursos (1945-1955)”, 1955; “Indústria da borracha e pneus (Relatório ao II Congresso da Indústria Portuguesa)”, 1957; “Números e sugestões sobre emigração colonizadora” (em “Curso de deontologia ultramarina”, Agência Geral do Ultramar, 1958), “Jaime Cortesão e o Brasil (conferência)”, 1961.

4. Grande defensor da política de aproximação luso-brasileira, foi sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras (1959), e foi agraciado com a Ordem do Cruzeiro do Sul, (1953) e o grau de Grande Oficial da Ordem do Rio Branco (1968). Em Portugal, foi agraciado, em 1990, a título póstumo, como Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

Em 1968, o espólio de Nuno Simões foi doado à Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em Famalicão. Com milhares de volumes referentes a várias épocas históricas, esta biblioteca de NS reflecte o percurso da sua vida (político, profissional, cultural, social), bem patente nas obras que a integram. Na sua biblioteca, podemos ainda encontrar uma série de livros com dedicatórias, de escritores brasileiros, tais como: Jorge Amado, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Gilberto Freyre, Assis Chateubriand.
Biografia da autoria de Helena Pato"

Fontes:

Entidade detentora

História do arquivo

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Um dos documentos é em cartão timbrado da Secretaria do Supremo Tribunal Administrativo. Contém recortes de imprensa e telegramas sobre homenagem a Nuno Simões.

Avaliação, selecção e eliminação

Ingressos adicionais

Sistema de organização

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Script do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

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Nota

Localização: Caixa 2

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