Zona de identificação
tipo de entidade
Pessoa coletiva
Forma autorizada do nome
Frente dos Artistas Populares e Intelectuais Revolucionários (FAPIR)
Forma(s) paralela(s) de nome
Forma normalizada do nome de acordo com outras regras
Outra(s) forma(s) do nome
identificadores para entidades coletivas
área de descrição
datas de existência
1975-1978
história
À imagem de outros projectos unitários no universo cultural, a FAPIR surgiu oficialmente a 27 de Setembro de 1976, embora existisse com a designação pró-FAPIR já durante o processo revolucionário, agrupando elementos da esquerda revolucionária ligados à música, ao teatro, ao cinema ou à literatura.
Ligada à UDP esta organização de carácter frentista é indissociável de uma reacção relativamente ao desenvolvimento do processo político pós 25 de Novembro e, do ponto de vista cultural, constitui-se como uma reposta ao que se tinha como o aburguesamento da cultura, a desvalorização, repressão cultural e desvirtuamento da cultura popular e ao predomínio da cultura burguesa nos meios de comunicação. Questionando-se as estruturas de produção e promoção e os modos distribuição dos produtos culturais, a contestação dirigia-se ainda à concepção crescentemente empresarial e comercial da cultura.
De acordo com um comunicado da organização: “A FAPIR surge como força para combater o fascismo e o imperialismo na cultura portuguesa e afirma-se capaz de impulsionar uma linha de cultura popular. A FAPIR não é um círculo fechado especializado para doutores de cultura se verem ao espelho. A FAPIR, pelo contrário, pretende identificar-se o mais possível na actividade cultural colectiva do povo, promovendo ao mesmo tempo, trabalhos básicos especializados. A FAPIR não existe para ser um mecanismo através do qual a burocracia intelectual e artística acabe por controlar a produção cultural do povo”. Tinha como órgãos “O Boletim”, dirigido por Jorge Serrão, e “Resposta”, dirigido por Luís Tavares, e entre as suas iniciativas contam-se o Festival Popular 25 de Abril no Porto em 1977 no terceiro aniversário do golpe de 25 de Abril, o Carnaval de quatro dias na Faculdade de Letras ou o Dia Mundial do Teatro em 1978, com um desfile pela Avenida da Liberdade de dezoito grupos de teatro em camionetas de caixa aberta.
Tendo José Mário Branco como um dos principais impulsionadores, a FAPIR agrupou cantores de intervenção - como Sérgio Godinho, Fausto, Pedro Barroso, Carlos Guerreiro, elementos do Grupo de Acção Cultural (GAC) -, escritores, autores e poetas - como Eduardo Paes Mamede, Hélia Correia ou José Fanha -, actores e encenadores - como Augusto Boal, exilado em Portugal, João Mota, Manuela de Freitas, Teresa Ricou/Tété ou, efemeramente, Hélder Costa - e grupos de teatro - como “O Bando”, “A Comuna” ou o Grupo de Teatro de Mem Martins Cooperativa Cultural (GTMM).
Ligada à UDP esta organização de carácter frentista é indissociável de uma reacção relativamente ao desenvolvimento do processo político pós 25 de Novembro e, do ponto de vista cultural, constitui-se como uma reposta ao que se tinha como o aburguesamento da cultura, a desvalorização, repressão cultural e desvirtuamento da cultura popular e ao predomínio da cultura burguesa nos meios de comunicação. Questionando-se as estruturas de produção e promoção e os modos distribuição dos produtos culturais, a contestação dirigia-se ainda à concepção crescentemente empresarial e comercial da cultura.
De acordo com um comunicado da organização: “A FAPIR surge como força para combater o fascismo e o imperialismo na cultura portuguesa e afirma-se capaz de impulsionar uma linha de cultura popular. A FAPIR não é um círculo fechado especializado para doutores de cultura se verem ao espelho. A FAPIR, pelo contrário, pretende identificar-se o mais possível na actividade cultural colectiva do povo, promovendo ao mesmo tempo, trabalhos básicos especializados. A FAPIR não existe para ser um mecanismo através do qual a burocracia intelectual e artística acabe por controlar a produção cultural do povo”. Tinha como órgãos “O Boletim”, dirigido por Jorge Serrão, e “Resposta”, dirigido por Luís Tavares, e entre as suas iniciativas contam-se o Festival Popular 25 de Abril no Porto em 1977 no terceiro aniversário do golpe de 25 de Abril, o Carnaval de quatro dias na Faculdade de Letras ou o Dia Mundial do Teatro em 1978, com um desfile pela Avenida da Liberdade de dezoito grupos de teatro em camionetas de caixa aberta.
Tendo José Mário Branco como um dos principais impulsionadores, a FAPIR agrupou cantores de intervenção - como Sérgio Godinho, Fausto, Pedro Barroso, Carlos Guerreiro, elementos do Grupo de Acção Cultural (GAC) -, escritores, autores e poetas - como Eduardo Paes Mamede, Hélia Correia ou José Fanha -, actores e encenadores - como Augusto Boal, exilado em Portugal, João Mota, Manuela de Freitas, Teresa Ricou/Tété ou, efemeramente, Hélder Costa - e grupos de teatro - como “O Bando”, “A Comuna” ou o Grupo de Teatro de Mem Martins Cooperativa Cultural (GTMM).
Locais
status legal
funções, ocupações e atividades
Mandatos/Fontes de autoridade
Estruturas internas/genealogia
contexto geral
Área de relacionamento
Entidade relacionada
Comité para a Libertação dos Antifascistas e Revolucionários Presos (CLARP) (1975-1976)
Identificador da entidade relacionada
PT-AHS-ICS-CLARP
Categoria da relação
associativa
Datas da relação
Descrição da relação
Entidade relacionada
GAC - Grupo de Acção Cultural (1974 - 1978)
Identificador da entidade relacionada
PT/AHS-ICS/GAC
Categoria da relação
associativa
Datas da relação
Descrição da relação
Área de pontos de acesso
Ocupações
Zona do controlo
Identificador do registo de autoridade
PT-AHS-ICS-FAPIR