Item 23 - "O fascismo não passará", convocatória para manifestação no largo de Alcântara no dia 28 de Setembro

Zona de identificação

Código de referência

PT-AHS-ICS-CAHS-EE-OCMLP-23

Título

"O fascismo não passará", convocatória para manifestação no largo de Alcântara no dia 28 de Setembro

Data(s)

  • 1974-09 (Produção)

Nível de descrição

Item

Dimensão e suporte

1 doc. (panfleto); papel

Zona do contexto

Nome do produtor

(1973 -1976)

História administrativa

A Organização Comunista Marxista-Leninista Portuguesa resultou da fusão, no final de 1972, de O Comunista e de O Grito do Povo, grupos que se organizavam em torno de publicações com o mesmo nome.
O Grito do Povo surge no Porto em finais de 1969 a partir de sectores ligados ao meio estudantil, aos chamados Comités de Base, e a zonas do operariado local. Reflecte a ambiência cultural e juvenil portuense e a influência do Maio de 68, bem como marcas difusas de trotskismo, maoismo e socialismo radical. Apesar da base estudantil, O Grito do Povo procura penetrar nos meios fabris criando os Comités Operários, organização sindical clandestina. Em 1971 começa a publicação do jornal o “O Grito do Povo” e são lançados os Comités Revolucionários de Estudantes Comunistas (CRECs), que editam “Viva a Revolução”, e a estrutura frentista Núcleos Sindicais de Base. Implantado no Porto, estenderá a sua influência também a Coimbra.
O Comunista foi criado em Paris em 1968 por Hélder Costa e elementos vindos do Comité Marxista-leninista Português (CMLP) e do Partido Comunista Português (PCP). A partir de Dezembro de 1968 edita o jornal “O Comunista”. Revelando inicialmente alguma sedução pelo guerrilheirismo e rejeitando o centralismo democrático, o grupo não se via como vanguarda e apresentava uma estrutura federalista, dispondo os núcleos de considerável autonomia. Defendendo a luta armada, O Comunista assume alguma continuidade relativamente à Frente Acção Popular (FAP).
O Grito do Povo estabeleceu desde 1969/1970 contactos com O Comunista, que se consolidam entre 1970 e 1972. Este processo de aproximação, reflectindo-se em debates ideológicos em torno do federalismo e do centralismo democrático, levou a cisões, como o abandono do Núcleo Maria Albertina e do Núcleo José de Sousa.
A OCMLP desenvolverá importante actividade através dos núcleos no estrangeiro, nomeadamente em França junto da emigração, com imprensa própria e actividades culturais. O activismo anticolonial era uma dos vectores principais da actividade da organização. Para desenvolver trabalho nas Forças Armadas foram criados os Comités de Soldados e Marinheiros Vermelhos e foram ainda dinamizados Comités de Desertores em França, Holanda, Dinamarca e Suécia.
A partir de 1973/1974 a organização viu-se fragilizada por algumas prisões, disputa acesa pelo poder e violentas dissidências internas. Depois de 25 de Abril de 1974 estimula a criação da Frente Eleitoral de Comunistas (Marxistas-leninistas) [FEC (ml)] que participou nas eleições para a Assembleia Constituinte. Em 1976, juntamente com o CMLP e a Organização Revolucionária Portuguesa Comunista (marxista-leninista) [ORPC (ml)], está na criação do Partido Comunista Português (Revolucionário) [PCP (R)].

Nome do produtor

(1971-)

História administrativa

"Em dezembro de 1971 é publicado o número inicial de “O Grito do Povo”. Na génese deste jornal estão nomes como Pedro Baptista, José Manuel Penafort de Campos, Francisco Morais e Rui Ramos Loza."

Entidade detentora

História do arquivo

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Em resposta à manifestação da "maioria silenciosa" de apoio ao presidente da República, António Spínola, marcada para 28 de Setembro de 1974, vários partidos e organizações de esquerda organizaram manifestações, bloqueios e piquetes populares visando a desmobilização da manifestação da direita.

Avaliação, selecção e eliminação

Ingressos adicionais

Sistema de organização

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

Script do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Instrumentos de descrição

Zona de documentação associada

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

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Identificador(es) alternativo(s)

Pontos de acesso

Pontos de acesso - Assunto

Pontos de acesso - Local

Pontos de acesso - Nomes

Pontos de acesso - Género (tipologias documentais)

Identificador da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

Estatuto

Nível de detalhe

Datas de criação, revisão, eliminação

Línguas e escritas

Script(s)

Fontes

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