Pessoa coletiva

Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT)

1974-1979

O trotskismo em Portugal tem no quadro da crise académica de 1969 em Coimbra o seu momento de estruturação, chegando rapidamente ao meio estudantil lisboeta. Nos liceus de Lisboa, os grupos Grito e Outubro dariam origem ao Grupo Marxista Revolucionário (GMR) que, por seu lado, estaria na génese do Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT), ligado à corrente da IV Internacional de Nahuel Moreno. Fundado em Fevereiro de 1975, o PRT envolve-se nas lutas sociais desse ano, nomeadamente na constituição de piquetes durante a tentativa de golpe de 11 de Março. Apoia o surgimento e desenvolvimento dos embriões dos chamados organismos de duplo poder, como as comissões de trabalhadores e de moradores ou as assembleias de unidade no Exército e na Marinha. Tinha na Aliança Socialista da Juventude (ASJ) uma espécie de organização de juventude e em “Combate Socialista” o seu órgão.
Em 1976 o PRT apresenta candidaturas em cinco círculos, mantendo-se activo em diversas lutas sociais, operárias, estudantis e universitárias, pugnando contra o que considerava ser o status quo contra-revolucionário trazido pelo 25 de Novembro de 1975 e a desconstrução da reforma agrária trilhada com a progressiva devolução das terras aos anteriores proprietários. Em 1978, em resultado da fusão do PRT com a Liga Comunista Internacionalista (LCI) surge o Partido Socialista Revolucionário (PSR). No ano seguinte, no entanto, o PRT rompe com o PSR que se afirmava, no essencial, como uma continuação da LCI.
O PRT integraria posteriormente a Ruptura/FER, uma das forças presentes na constituição do Bloco de Esquerda em 1999.

PT-AHS-ICS-PRT