Fundo ML - Espólio Manuel de Lucena

Descolonização Portuguesa Sessão de 29 de Agosto de 1995 Sessão de 27 de Agosto de 1996 Sessão de 29 de Julho de 1997 Sessão de 1 de Agosto de 1997 Sessão de 11 de Abril de 2002 Sessão de 26 de Agosto de 1996 Sessão de 30 de Julho de 1997 Sessão de 2 de Outubro de 1998 Sessão de 3 de Fevereiro de 2003 Sessão de 29 de Agosto de 1995 Sessão de 29 de Agosto de 1996 Sessão de 31 de Agosto de 1995 Sessão de 28 de Agosto de 1996 Sessão de 31 de Julho de 1997 Sessão de 1 de Outubro de 1998 Sessão de 1 de Setembro de 1995 Sessão de 30 de Agosto de 1996
Original Objeto digital not accessible

Zona de identificação

Código de referência

PT-AHS-ICS-ML

Título

Espólio Manuel de Lucena

Data(s)

  • 1977-2015 (Acumulação)
  • 1977-2006 (Produção)

Nível de descrição

Fundo

Dimensão e suporte

39 cxs.; papel.

Zona do contexto

Nome do produtor

(1938 - 2015)

História biográfica

Manuel de Lucena nasceu em Lisboa a 7 de Fevereiro de 1938. Viveu a infância e uma parte da adolescência em Angola com a família. Regressou a Lisboa com 16 anos, onde frequentou o Liceu Pedro Nunes e depois um colégio de Jesuítas. Ingressou no Instituto Superior Técnico no curso de Engenharia Química que viria a trocar pelo curso de Direito na Faculdade de Direito, onde se licenciou em 1981. Durante a sua juventude, participou em movimentos monárquicos e católicos, designadamente a JUC (Juventude Universitária Católica), o CCC (cineclube católico) e colaborou n' "O Tempo e o Modo". Depois da crise académica de 1962, passou a militar na Extrema-Esquerda. Redigiu grande parte dos comunicados estudantis da RIA (Reunião Interassociações de Lisboa). A sua oposição à política colonial de Salazar acabou por conduzi-lo ao exílio em 1963. Viveu em Roma, Paris e Argélia. Durante o exílio, foi dirigente do MAR (Movimento de Acção Revolucionária), fez parte da Frente Patriótica de Libertação Nacional e teve uma breve colaboração com a LUAR. Em Paris, estudou no Institut de Sciences Sociales du Travail, onde fez a sua tese sobre o corporativismo. A tese que preparou veio dar origem ao seu primeiro livro — “A evolução do sistema corporativo português”. Vol. I: o Salazarismo; vol. II: o Marcelismo —, publicado em Portugal em 1976.
Após o 25 de Abril de 1974, regressou a Portugal. Participou, como alferes, no processo de descolonização de Cabo Verde. Veio terminar o seu serviço militar em Lisboa, no Gabinete de Dinamização do Exército, situado no Estado-Maior do Exército. Abandonou a Extrema-Esquerda e apoiou o manifesto do Grupo dos “Nove”, de Melo Antunes. Em 1975, tornou-se investigador do Gabinete de Investigações Sociais (GIS) e depois do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS), que lhe sucedeu, onde fez carreira até se reformar em 2008. A última actividade política que se lhe conhece é adesão à Aliança Democrática e a participação na campanha presidencial do general Soares Carneiro, em 1980. Afastado da política activa, dedicou-se sobretudo ao comentário político e à investigação científica do corporativismo, dos fascismos e totalitarismos, do processo revolucionário português, a descolonização portuguesa e a consolidação democrática no pós-25 de Abril. Foi docente em cursos no Instituto de Defesa Nacional e na Força Aérea (para oficiais generais) e no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica abordando alguns dos referidos temas de investigação, sobre os quais também proferiu conferências e orientou seminários em várias outras instituições.
É autor de obras como “O Estado da Revolução: a Constituição de 1976” e a “Revolução e Instituições: a Extinção dos Grémios da Lavoura Alentejanos”, bem como de várias entradas no “Dicionário de História de Portugal” (coordenado por António Barreto e Maria Filomena Mónica), nomeadamente sobre organismos corporativos e importantes políticos do Estado Novo, incluindo Oliveira Salazar, Armindo Monteiro, Pedro Teotónio Pereira, Alberto Franco Nogueira, José Gonçalo Correia de Oliveira e Adriano Moreira. As biografias alargadas das últimas cinco figuras vieram a integrar uma publicação póstuma: “Os Lugar-Tenentes de Salazar” (2015).
Ao longo da sua vida colaborou em numerosas revistas e jornais como “Esprit”, “Análise Social”, “Relações Internacionais”, “Expresso”, “Diário de Notícias”, “A tarde” ou “Semanário”. Foi co-fundador das revistas “Cadernos Socialistas” (1967-1969) e “Polémica” (1970-1973). Publicou, em 2006, o seu último livro (“Contradanças: política e arredores”) que reúne uma série de ensaios publicados na imprensa periódica entre 2004 e 2005.
Foi também tradutor das “Moradas”, de Santa Teresa de Ávila, e da “História da Guerra da Catalunha”, de D. Francisco Manuel de Melo.
Faleceu em Lisboa a 7 de Fevereiro de 2015.

Entidade detentora

História do arquivo

Manuel de Lucena foi investigador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) e quando se reformou, em 2008, doou ao Arquivo de História Social (AHS) a documentação relativa à investigação sobre a extinção dos grémios da lavoura e suas federações. A restante documentação do seu arquivo de trabalho, que se encontrava no seu gabinete no ICS à data da sua morte, veio a ser incorporada no AHS em 2016.
A parte relativa aos projectos de investigação sobre a extinção dos grémios da lavoura e suas federações e sobre os organismos de coordenação económica (OCE) foi arquivisticamente tratada entre Outubro de 2016 e Março de 2017.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

O Arquivo Manuel de Lucena contém um conjunto heterogéneo de documentos produzidos e acumulados no decurso das suas actividades científicas e académicas. Destaca-se os projectos de investigação: sobre a extinção dos grémios da lavoura e suas federações (1977-78); o processo português de reforma agrária (1979-1984); os Organismos de Coordenação Económica (OCE) (1977-2015); Interesses organizados e institucionalização da democracia em Portugal (1984-1993?); Descolonização Portuguesa (1995-2003); Investigação sobre corporativismo, coordenação económica e previdência social para entradas no Dicionário de História de Portugal (1977-2000).

Avaliação, selecção e eliminação

Eliminaram-se fotocópias ou exemplares repetidos, assim como fotocópias de legislação, publicada em Diário do Governo, sem qualquer anotação ou sublinhado. Veja-se o auto de eliminação do AHS-ICS n.º 1 / 2017.

Ingressos adicionais

Sistema de organização

Os documentos e as séries documentais foram integrados nas actividades científicas e académicas de Manuel de Lucena. A recuperação dos contextos de produção ou de acumulação foi auxiliada pela leitura das introduções aos volumes e artigos que publicou, onde frequentemente explica a génese e desenvolvimento dos seus projectos. No interior das séries, procurou-se respeitar (quanto existe e é perceptível) a organização de Manuel de Lucena que é, na maioria das vezes, temática.

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

Script do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Instrumentos de descrição

Zona de documentação associada

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

A documentação ligada à investigação sobre a extinção dos grémios da lavoura e suas federações, sobre o Crédito Agrícola de Emergência (CAE) e sobre o associativismo agrícola é complementada pela que se encontra no Arquivo Maria Inês Mansinho, igualmente depositado no AHS e disponível em http://www.ahsocial.ics.ulisboa.pt/atom/index.php/arquivo-maria-ines-mansinho, mas ainda não arquivisticamente tratado na sua totalidade.
No fundo da Coleção do AHS, artigo assinado por Manuel Lucena, 1969.

Zona das notas

Nota

O arquivo de trabalho de Manuel de Lucena não se encontra tratado na sua totalidade. A parte tratada e descrita vai até ao nível "série". No "âmbito e conteúdo" de cada série, estão identificadas as pastas que lhe pertencem e está descrito, com mais ou menos pormenor, o seu conteúdo.
As cotas atribuídas à documentação tratada identificam a caixa, o maço e a pasta. Os documentos não se encontram individualmente cotados, recebendo cada um a cota da pasta em que se encontra. Cada pasta contém um número variável de documentos, podendo existir algumas que incluem apenas um documento.
As referências à localização física/cota das pastas encontram-se sempre na "zona das notas", podendo ser repetida essa menção no "âmbito e conteúdo" das séries que englobam um grande número de pastas.

Nota

“Data(s)”: as datas indicadas reportam-se apenas à produção e à acumulação da documentação tratada e descrita nesta base de dados. A documentação que integra o arquivo deste investigador começou a ser produzida ou acumulada a partir do início dos projectos identificados em cada subsecção, contendo, no entanto, documentos produzidos em datas anteriores.

Nota

"Dimensão e suporte": a informação reporta-se apenas à documentação deste arquivo que já se encontra tratada e descrita.

Identificador(es) alternativo(s)

Pontos de acesso

Pontos de acesso - Nomes

Pontos de acesso - Género (tipologias documentais)

Identificador da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS — ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, 2002, 97 p.

DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.

Estatuto

Preliminar

Nível de detalhe

Parcial

Datas de criação, revisão, eliminação

Criação: 2017-02-27.
revisão: acrescentado descrição dos projectos de investigação no âmbito e conteúdo, 2023-11, ip
Revisão: Alterada designação de "Arquivo" para "Espólio" a 2024-02-14. IP

Línguas e escritas

Script(s)

Fontes

Nota do arquivista

Descrição elaborada por Filipa Lopes.
A pedido da responsável pelo AHS, segue-se na presente descrição o antigo acordo ortográfico.

Objeto digital (Matriz) zona de direitos

Objeto digital (Referência) zona de direitos

Objeto digital (Ícone) zona de direitos

Zona da incorporação