Zona de identificação
Código de referência
PT-AHS-ICS-CAHS-EE-OUTR_EE-23
Título
Congresso Nacional de trabalhadores pró-conselhos revolucionários. Comunicado à imprensa, rádio e televisão
Data(s)
- 1975 (Produção)
Nível de descrição
Item
Dimensão e suporte
1 doc. (panfleto); papel
Zona do contexto
Nome do produtor
(1975)
História administrativa
Criados em 1975 por militantes do Partido Revolucionário do Proletariado-Brigadas Revolucionárias, em especial elementos ligados às estruturas de base da Marinha Grande, os Conselhos Revolucionários de Trabalhadores Soldados e Marinheiros (CRTSM) apresentam-se em Congresso Nacional a 19 e 20 de Abril, dias antes das eleições para a Assembleia Constituinte, representando 165 empresas, entre elas Lisnave, Setenave e Siderurgia Nacional, e 26 unidades militares. O pano de fundo era a dinâmica popular em curso e a criação por todo o país de comissões e órgãos de trabalhadores, num contexto ainda marcado pelos acontecimentos de 11 de Março de 1975.
Os CRTSM foram uma efémera tentativa de coordenar a nível nacional os órgãos de vontade popular. Tendo como referente o poder popular e a auto-organização dos trabalhadores e moradores nos locais de trabalho, bairros e quartéis, mas também nos campos, aldeias e locais de ensino, os CRTSM deveriam chamar a si o controlo, administração, gestão e direcção nas empresas e nos campos e o comando dos quartéis.
Embriões dos órgãos de base da ditadura do proletariado, preconizavam a aproximação entre militares e trabalhadores. Uma das prioridades era armar os últimos, tanto para fazer frente a um eventual golpe da direita, como para a tomada do poder pelos próprios trabalhadores. Afirmando-se como “órgãos de aplicação da violência revolucionária enquanto organização de base de vigilância e autodefesa revolucionária”, tinham como objectivo, numa segunda fase de actuação, a criação de um exército revolucionário do proletariado.
O 2º congresso Nacional dos CRTSM terá lugar a 2 e 3 de Agosto de 1975, reflectindo já o Documento-Guia aprovado pela Assembleia do MFA em Julho e as suas orientações sobre a criação de uma extensa rede de associações, grupos, comissões, conselhos e assembleias estruturantes da organização popular a levar a cabo nas unidades e organizações militares.
O lançamento das Comissões de Moradores e Trabalhadores, primeiro, a criação de Assembleias Populares Locais e Municipais, de Assembleias Populares Distritais, de Assembleias Populares Regionais e, finalmente, a criação de uma Assembleia Popular Nacional, “órgão superior de participação popular”, seriam as fases deste processo.
Depois do verão de 1975 a acção dos CRTSM tenderá a ser cada vez menos expressiva, apesar da significativa agitação que logra no seio da instituição militar e do papel de relevo em várias lutas sociais como as do “República” ou da “Rádio Renascença”.
Os CRTSM foram uma efémera tentativa de coordenar a nível nacional os órgãos de vontade popular. Tendo como referente o poder popular e a auto-organização dos trabalhadores e moradores nos locais de trabalho, bairros e quartéis, mas também nos campos, aldeias e locais de ensino, os CRTSM deveriam chamar a si o controlo, administração, gestão e direcção nas empresas e nos campos e o comando dos quartéis.
Embriões dos órgãos de base da ditadura do proletariado, preconizavam a aproximação entre militares e trabalhadores. Uma das prioridades era armar os últimos, tanto para fazer frente a um eventual golpe da direita, como para a tomada do poder pelos próprios trabalhadores. Afirmando-se como “órgãos de aplicação da violência revolucionária enquanto organização de base de vigilância e autodefesa revolucionária”, tinham como objectivo, numa segunda fase de actuação, a criação de um exército revolucionário do proletariado.
O 2º congresso Nacional dos CRTSM terá lugar a 2 e 3 de Agosto de 1975, reflectindo já o Documento-Guia aprovado pela Assembleia do MFA em Julho e as suas orientações sobre a criação de uma extensa rede de associações, grupos, comissões, conselhos e assembleias estruturantes da organização popular a levar a cabo nas unidades e organizações militares.
O lançamento das Comissões de Moradores e Trabalhadores, primeiro, a criação de Assembleias Populares Locais e Municipais, de Assembleias Populares Distritais, de Assembleias Populares Regionais e, finalmente, a criação de uma Assembleia Popular Nacional, “órgão superior de participação popular”, seriam as fases deste processo.
Depois do verão de 1975 a acção dos CRTSM tenderá a ser cada vez menos expressiva, apesar da significativa agitação que logra no seio da instituição militar e do papel de relevo em várias lutas sociais como as do “República” ou da “Rádio Renascença”.
Entidade detentora
História do arquivo
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Inclui lista de empresas e quartéis presentes