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Título
Data(s)
- 1852-1889 (Produção)
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Nome do produtor
História biográfica
O 1° Conde de Rio Maior foi João Vicente de Saldanha Oliveira e Sousa Juzarte Figueira (1746-1804), filho de António Saldanha de Oliveira e Sousa, 150 morgado de Oliveira, e de D. Constança de Portugal. Foi 16° administrador do morgado de Oliveira, comendador de Santa Maria de África e de mais cinco comendas da Ordem de Cristo, grã-cruz da mesma Ordem, do Conselho de Estado, gentil-homem da Câmara da rainha D. Maria I, deputado da Junta Provisória do Erário Régio e inspector geral do Terreiro Público. Casou com D. Maria Amália de Carvalho e Daun, filha dos 1ºs Marqueses de Pombal.
O 2° Conde, filho primogénito dos anteriores, António de Saldanha Oliveira Juzarte e Sousa (1776-1825), 17° senhor do morgado de Oliveira, sucedeu a seu pai nos bens da Casa. Frequentou o Colégio dos Nobres e obteve o grau de bacharel em Leis na Universidade de Coimbra. Gentil-homem da câmara de D. João VI, grã-cruz das Ordens de Santiago de Espada e de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, foi coronel do Regimento de Milícias de Lisboa Oriental. Em 1800 assentou praça como cadete em Infantaria n° 4. Posteriormente promovido a capitão, participou na campanha de 1801, como ajudante de campo do general Gomes Freire de Andrade. Foi depois nomeado comandante, no posto de coronel, do Regimento de Voluntários Reais de Milícias a Pé de Lisboa Oriental. Em 1807 acompanhou a família real na sua retirada para o Brasil, regressando em 1821. Voltou ao Brasil depois da Vilafrancada, encarregue por D. João VI, com Francisco José Vieira, de entregar cartas suas a D. Pedro, seu filho, e à mulher deste, a princesa D. Maria Leopoldina. Em 1823 foi incumbido por D. João VI de acompanhar ao estrangeiro o infante D. Miguel, após a Abrilada. Casou com D. Maria Leonor Ernestina de Carvalho Daun e Lorena, filha dos 3'" Marqueses de Pombal e I'" Condes da Redinha. Faleceu em Viena em 1825.
O 3° Conde foi João de Saldanha Oliveira Juzarte Figueira e Sousa, filho primogénito dos anteriores e herdeiro dos bens da Casa (1811-1872). Iniciou a sua carreira militar como alferes de lanceiros e ajudante do Duque da Terceira, em 1833. Foi Par do Reino na la Câmara dos Pares, criada em 1826. Em 1854 foi governador civil de Coimbra e, em 1858 e 1859, vereador e presidente da Câmara Municipal de Lisboa e procurador à Junta Geral do Distrito desta cidade. Casou em 1835 com D. Isabel Botelho Mourão e Vasconcelos, filha dos 1ºs Condes de Vila Real.
Foi 4° Conde e 1° Marquês o filho primogénito e herdeiro do anterior, António José Luís de Saldanha Oliveira Juzarte Figueira e Sousa (1836-1891), bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, oficial-maior da Casa Real com o cargo de mestre-sala, Par do Reino e deputado. Foi adido honorário da Legação em Paris, provedor da Santa Casa da Misericórdia em Lisboa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Casou, em 1861, com D. Maria Isabel de Lemos e Roxas Carvalho e Meneses de la Rue Saint Léger, filha dos z= Marqueses da Bemposta-Subserra, do quais não houve descendência.
Foi 5° Conde e 2° Marquês João de Saldanha Oliveira Juzarte Figueira e Sousa, sobrinho do anterior, nascido em 1878, engenheiro civil de Obras Públicas e Minas, moço fidalgo da Casa Real com exercício no Paço, escritor e historiador. Casou com D. Maria Bárbara Ferreira, filha de António Vicente Ferreira. O filho primogénito usou o título de Conde de Rio Maior, e o segundo o de Conde de Azinhaga.
Entidade detentora
História do arquivo
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Âmbito e conteúdo
Este fundo reúne a correspondência da família de Rio Maior, num total de 1740 cartas. A maior parte, 1138, são da mãe Isabel, a 3.ª condessa de Rio Maior, para seus filhos António e José: 486 cartas dirigem-se ao filho António (cobrindo os anos de 1852-58 e 1860-63); e 652 cartas são para o filho José (abrangendo, sensivelmente, o período de 1854-1889). Já as cartas do conde de Rio Maior para os filhos não vão além de três, sendo de admitir que muitas se tenham perdido.
Este fundo reúne ainda as cartas de ambos os filhos para os pais: 120 do António e 447 do José, o que perfaz um total de 567 cartas. A esmagadora maioria dirige-se à mãe Isabel e raras são as que se destinam ao pai.
Por fim, reúne cartas do preceptor, Caetano Franco de Sousa, que acompanhou António e José na sua estadia na Universidade de Coimbra, bem como de figuras ligadas àquela cidade, casos de Bernardo da Silva Carneiro e Raimundo V. Rodrigues. E ainda cartas de Bárbara de Saldanha.
As cartas estão divididas em subseries: Cartas da Condessa para o filho António; Cartas da Condessa para o filho José, Cartas dos filhos António e José para os pais; Cartas de Bárbara de Saldanha, casada com o filho João; Cartas de Caetano Franco de Sousa; Cartas de Raimundo Venancio Rodrigues; Cartas de Bernardino Carneiro e Cartas de Charles de Almeida.
Em toda a correspondência, foi mantida a ortografia da época e a dos seus respectivos autores.