Álbum com 50 fotografias a preto e branco, impressas em três tamanhos; dirigido a Fernando D’Almeida Pedroso “em testemunho de gratidão” pela Missão do Real Padroado da Huilla; missão católica espiritana estabelecida na região da Huíla, em Angola, em finais do século XIX, durante o período do colonialismo português em África.
Missão do Real Padroado da HuílaGuimarães, Paulo Eduardo. (2022). "António Pinto Quartin: um anti-colonialista em Angola nos anos '30 do século XX" in Alves, Ricardo; Redol, A. Mota (coord.), Anarquismo, Insubmissão e Incoformismo; Edições Colibri, pp. 187-206. https://dspace.uevora.pt/rdpc/handle/10174/32850
Neste texto, o autor traça o percurso biográfico e intelectual do jornalista e libertário António Pinto Quartin durante a sua estadia em Angola nos anos'30. Baseando-se em fontes coevas, documentação pessoal e jornalista, destaca-se aqui a leitura crítica da experiência colonial portuguesa, bem como a intervenção crítica do jornalista na sociedade colonial angolana.
Panfleto reproduzindo excertos de "Parliamentary Papers: Portuguese Slavery and British Responsibility". Ed. Anti-Slavery and Aborigines Protection Society. London: Offices of the Society, 51, Denison House, 1912.
Anti-Slavery and Aborigines Protection SocietyEvans, David Glyn (2022). The Chocolate Makers and the “Abyss of Hell”: Race, Empire and the Role of Visual Propaganda in the Anglo-Portuguese Controversy surrounding Labour Coercion in the “Cocoa Islands” (1901 - 1917) [Tese de doutoramento, NOVA FCSH].
Repositório da NOVA FCSH. https://run.unl.pt/handle/10362/147069
A presente dissertação aborda o escândalo associado ao emprego de mão-de-obra coagida, sistema, esse, que estava generalizado nas colónias de África Ocidental Portuguesa no início do século vinte, nomeadamente nas roças de cacau de São Tomé e Príncipe. A controvérsia, que, durante muito tempo, teve referências quase semanais na imprensa portuguesa e britânica atingiu o seu auge em 1909, com o conhecido boicote à compra de cacau português imposto pelos chocolateiros britânicos Cadbury, Rowntree e Fry e os seus associados alemães, Stollwerck, que nunca viria a ser levantado. Apesar da suspensão, durante três anos, do recrutamento e importação de trabalhadores angolanos para as chamadas “ilhas do cacao”, e a sua repatriação sistemática depois da queda da Monarquia, a campanha humanitária britânica prosseguiu no Parlamento e a Imprensa, intensificando-se até 1912, perante o cenário de negociações anglo-alemães, supostamente secretas, que se destinavam a redistribuição das colónias portuguesas em África. Os anteriores estudos acerca do chamado “Cacau Escravo” deram ênfase à campanha humanitária britânica, ao mesmo tempo subvalorizando a oposição em Portugal contra o sistema de contratação de mão-de-obra e tratando de forma sumária os principais objectivos, muitas vezes escondidos, de quase todos os protagonistas da disputa. Este estudo representa uma tentativa de corrigir o que tem sido a narrativa predominante e de mostrar como uma questão, essencialmente do foro dos direitos humanos, foi explorada de forma pragmática para obter resultados menos altruístas, tanto na Grã-Bretanha como em Portugal. O estudo baseia-se em relatórios e declarações governativos, correspondência diplomática acerca do trabalho contratado em S.Tomé e Príncipe, legislação nacional e colonial acerca da mão-de-obra indígena, artigos, referências e ilustrações de periódicos portugueses e estrangeiros, e artigos de opinião, panfletos e obras de ficcão que exemplificam as atitudes contemporâneas acerca de mão-de-obra contratada e o tratamento das comunidades indígenas das colónias portuguesas de África. Entre as fontes que foram examinadas em pormenor pela primeira vez aqui, enriquecendo o já substancial corpo de matéria de investigação, contam-se fotografias, bilhetes-postais ilustrados, anúncios, slides” de lanterna mágica e filmes documentários que influenciaram a opinião pública na controvérsia e desempenharam um papel significativo no reforço de atitudes racistas.
Comunicado da Comissão Inter-Profissões de Lisboa do MND sobre a questão dos territórios portugueses na Índia ( Goa, Damão e Diu) e prisão dos membros da Comissão Central do MND: Rua Luís Gomes, Virgínia Moura, José Morgado e Albertino Macedo.
MND - Movimento Nacional DemocráticoA questão dos territórios portugueses na Índia (Goa, Damão e Diu): a Comissão Nacional da Paz apela para a união do Povo Português na luta pela negociação da paz em Goa
Comissão Nacional da PazRoque R. The colonial ethnological line: Timor and the racial geography of the Malay Archipelago. Journal of Southeast Asian Studies. 2018;49(3):387-409. doi:10.1017/S0022463418000322
Artigo publicado depois como capítulo em monografia editada por Ricardo Roque e Warwick Anderson, Imagined Racial Laboratories: Colonial and National Racialisations in Southeast Asia, pela Brill 2023.
This article examines the connected histories of racial science and colonial geography in Island Southeast Asia. By focusing on the island of Timor, it explores colonial boundaries as modes of arranging racial classifications, and racial typologies as forms of articulating political geography. Portuguese physical anthropologist António Mendes Correia’s work on the ethnology of East Timor is examined as expressive of these productive connections. Correia’s classificatory work ingeniously blended political geography and racial taxonomy. Between 1916 and 1945, mainly based on data from the Portuguese enclave of Oecussi and Ambeno, he claimed a distinct Malayan racial type for the whole colony of ‘Portuguese Timor’. Over the years he developed an anthropogeographical theory that simultaneously aimed to reclassify East Timor and to revise the racial cartography of the Malay Archipelago, including Wallace’s famous ethnological line.
Recortes de imprensa; docs. ms. e dactil.
Boas, Manuel Vilas, 2023, Moçambique – Da Colonização à Guerra Colonial, a Intervenção da Igreja Católica (ed. Paulinas)
Na iminência do cinquentenário do 25 de Abril – e quando se celebram 100 anos do nascimento de D. Manuel Vieira Pinto, arcebispo emérito de Nampula – Amadeu Gomes de Araújo e Manuel Vilas Boas decidiram-se pela escrita, a quatro mãos, da História de Moçambique e do papel da Igreja Católica, durante a colonização. O livro destaca os encontros e desencontros, dos povos, a partir dos finais do séc. xv, nas praias do Índico, onde se cruzaram as caravelas de Vasco da Gama, com outras línguas, culturas e religiões, ao longo da mítica Rota da Seda à intervenção da Igreja Católica, no longo período que antecedeu a Independência de Moçambique, de modo especial nas dioceses da Beira, Tete e Nampula. Também se evocam os factos que marcaram a ação da Igreja pela denúncia de massacres perpetrados pelas Forças Armadas Portuguesas, bem como os desmandos da revolução marxista-leninista que se instalou na República Popular de Moçambique, após a Independência. Recordam-se ainda personagens essenciais, antes e depois do 25 Abril, como a expulsão do bispo de Nampula, D. Manuel Vieira Pinto, dos missionários Brancos e de Burgos, e ainda os missionários Combonianos.
Colonialismo e plantação de cacau em São Tomé e Principe no Acervo do AHS, texto de divulgação pela investigadora Marta Macedo.
Marta MacedoConjunto de brochuras e livros acumulados por Ayala Botto, agrupados por temas: Educação e Desporto, Corporativismo, Ultramar, propaganda aliada, nazi, fascista e da França de Vichy.
coleção oferecida por José Mariz, arquivista e historiador, seu parente por afinidade - ao Arquivo de História Social.
texto de divulgação do acervo do AHS, sobre documento do MPLA e a guerra de libertação do colonialismo português em Angola, por Joana Bénard da Costa, revisão de Rita Almeida de Carvalho.
Joana Bénard da CostaEspólio pessoal de António Tomás Pinto Quartin, constituido quer por documentação de natureza pessoal, quer por panfletos, brochuras, jornais, revistas, e alguns objectos que foi acumulando. Espelha a actividade jornalística e política de Pinto Quartin, contendo ainda correspondência pessoal com políticos e intelectuais da época, e vários dos seus interesses culturais, com especial ênfase no teatro. Espelha também a relação conjugal de longa data (de 1916 a 1970) com Deolinda Lopes Vieira (1888-1993), professora primária.
Reúne fontes de grande potencial para a história social e política dos últimos anos da Monarquia Constitucional e da I República e para o estudo da Oposição política ao Estado Novo, cobrindo sensivelmente o período de finais do século XIX até aos anos 50 do século XX.
Apontamentos etnográficos.
Transcrição digital de diversas obras inéditas escritas por Francisco Santos Serra Frazão. Nomeadamente, A Reabilitação dos Negros (1942); Da Vida Afectiva e Sentimental dos Negros de Angola: Apontamentos Etnográficos (1945), parcialmente publicada no Mensário Administrativo; Ovihemba: A arte de curar entre os Negros de Angola, Apontamentos etnográficos (1945); Amuletos e Feitiços: Breves apontamentos etnográficos sobre os povos de Angola (1946); Da Vida e Morte dos Negros de Angola: Estudos Etnográficos dos Povos Angolanos (1946); Poemas de Gente Negra: Cenas da Vida Africana (1946).
Frazão, Francisco Santos Serramanuscrito dactilografado com anotações manuscritas, de peça de teatro sobre "fantasia colonial", expressão usada pelo presidente Carmona na sua viagem às colónias.
Estudos Etnográficos dos Povos Angolanos.
Estudo crítico sobre diversos aspectos de Angola.
Breves apontamentos etnográficos sobre os povos de Angola para o XX Concurso de Literatura Colonial – 2ª Secção.