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Descrição arquivística
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Documentação dos Arquivos de Moscovo
PT/AHS-ICS/ArqMosc · Fundo

Conjunto constituído por fotocópias, fotografias, microfilmes e transcrições manuscritas de documentos dos seguintes fundos:

  • Fundo do Comintern ou Internacional Comunista (F. 495), que engloba a correspondência trocada entre os responsáveis da IC e os dirigentes do Partido Comunista Português, sensivelmente, para o período entre 1923 a 1936;
  • Fundo do Profintern (F. 534), que inclui, no essencial, a correspondência entre os responsáveis do Profintern e os dirigentes da Comissão Inter-sindical (CIS) para os anos de 1922 a 1935;
  • Fundo das Juventudes Comunistas (F. 533), que envolve correspondência entre os dirigentes internacionais e os da Juventude Comunista Portuguesa, no período de 1926 a 1936;
  • Fundo do Socorro Vermelho Internacional, SVI (F. 539), formado no essencial por microfilmes, engloba, para além de correspondência, panfletos, brochuras e publicações periódicas do SVI, abarcando os anos de 1925 a 1939;
  • Fundo das Brigadas Internacionais de Espanha (F. 545), composto, no essencial, pelas fichas dos brigadistas.
Arquivos de Moscovo
PT/AHS-ICS/CO-DOC-074 · Item · [1934]
Parte de Colecção César Oliveira

Àcerca de uma entrevista concedida por Afonso Costa, em França, em Agosto de 1933, ao correspondente do «Primeiro de Janeiro» que apesar da censura foi distribuída clandestinamente pelo país - sobre a política financeira de Salazar; 17 pp.

Costa, Afonso.
PT/AHS-ICS/DIV-02B-2020-07 · Item · 2020-07
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Martins, Ernesto Candeias (2020). "Educação (especial), métodos de ensino e instituições destinadas à surdez em Portugal: Visão sociohistórica no Séc. XIX e inícios do XX" in
Revista Temas em Educação, João Pessoa, Brasil, v. 29, n.2, p. 96-118.

Trata-se de um estudo histórico-descritivo que aborda a educação especial às crianças surdas-mudas no séc. XIX e começos do XX, em Portugal. O seu marco conceptual assenta em fontes documentais e arquivísticas e de outras fontes secundárias no âmbito da História da Educação (Especial) sobre surdos. A nossa argumentação historiográfica, de teor hermenêutico (analítica) incide na educação, ações de ensino (métodos) aos surdos e nas iniciativas institucionais para essas pessoas com deficiência sensorial, ditas‘anormais’ na época. O debate entre as técnicas de ensino aos surdos (oralismo, gestualismo), no âmbito de uma pedagogia diferenciada, acompanhou as tendências europeias divulgadas (métodos: francês e alemão). Em oitocentos, criaram-se classes/aulas e instituições, com o apoio dos municípios e misericórdias (Lisboa, Porto) e de filantropos ou beneméritos, destacando-se o papel da Casa Pia de Lisboa, instituição pioneira na educação dos surdos-mudos. Os nossos objetivos são os seguintes: compreender a existência de uma pedagogia nacional para os surdos (séc. XIX e parte do XX) e respetivas iniciativas educativas; analisar os métodos ou técnicas de ensino (oralista, gestual) seguidos por alguns pedagogos em instituições; compreender a organização de estudos do Real Instituto para surdos-mudos da Casa Pia e as principais características de aprendizagem. Este retrospecto histórico sobre educação da surdez intenta configurar práticas, orientações metodológicas e propostas educacionais, algumas diferentes, que desenvolveram muitas capacidades nos surdos, apesar de limitações. Toda esta visão historiográfica feita em 4 pontos do texto permitiu conhecer os caminhos percorridos pela comunidade surda, as suas dificuldades e lutas e as formas de intervenção.

PT/AHS-ICS/DIV-02B-2024-10 · Item · 2024
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

MORAES DE ALMEIDA, J.; FLORENCE GIESBRECHT, D. “Criar cidadãos perfeitos para uma República máscula, forte e virtuosa”: o Primeiro Congresso Nacional Feminista e de Educação em Lisboa (1924) e a modernização da desigualdade. Revista de História Regional, [S. l.], v. 29, 2024. DOI: 10.5212/Rev.Hist.Reg.v.29.23653. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/23653. Acesso em: 6 nov. 2024.

Organizado pelo Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (CNMP), o Primeiro Congresso Feminista e de Educação ocorreu entre os dias 4 e 9 de maio de 1924, em Lisboa. Na ocasião, foram apresentadas e discutidas teses que versaram sobre temáticas relacionadas aos direitos políticos e cívicos, à educação, à assistência social, à higiene e saúde da mulher. Aproveitando a efeméride, propomos uma análise historicizada do evento, especialmente de algumas das teses, que mobilize reflexões sobre as relações intrínsecas entre certo feminismo e um projeto de nação higienista, focado no aprimoramento da raça. Sem querer reduzir as expressões feministas do início do século XX a uma definição engessada – mesmo porque os conflitos no interior do CNMP apontam para uma variedade de posturas relativamente à emancipação do sexo feminino –, pretendemos chamar a atenção, tal qual Susan Besse bem delineou ao estudar o caso brasileiro, para uma “modernização da desigualdade”. Para a historiadora, o casamento, a sexualidade, a maternidade e a educação feminina – temáticas recorrentemente presentes nas discussões feministas do final dos Oitocentos e nas primeiras décadas do século XX – adquiriram enorme importância, uma vez que a “reprodução limpa” foi encarada como forma de superar o atraso e a degeneração de determinadas nações. Assim, nossa hipótese é a de que o feminismo institucional representado pelo CNMP, ao reivindicar dignidade e igualdade de oportunidade às mulheres, encontrou lugar no engenhoso projeto de reforma social fundamentada em preceitos eugênicos, sustentados, principalmente, através do discurso médico-antropológico. Neste, “a mulher” foi convocada a carregar o pesado fardo de civilizar sua família, assumindo um papel fundamental ao Estado, embora conservador: o de esposa e mãe, educada para administrar o lar e criar “cidadãos perfeitos para uma República máscula, forte e virtuosa” – palavras de Julieta Ribeiro, autora da tese A mulher naturista.

PT/AHS-ICS/DIV-02C-2019 · Item · 2019
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Guapindaia, Mayra Calandrini, 2019, O Controle do Fluxo das Cartas e as Reformas de Correio na América Portuguesa (1796-1821), Tese doutoramento em História. Universidade de Lisboa, Instituto de Ciências Sociais, 2019, https://repositorio.ul.pt/handle/10451/39740

No Império português, os manuscritos foram a principal maneira de manter comunicação à distância, sendo os documentos escritos essenciais não só para a circulação de normas políticas e administrativas como também necessárias ao trato comercial e ao envio de notícias de interesse particular. Tendo em vista a crescente importância da comunicação à distância para a manutenção política e econômica de Portugal, a circulação epistolar foi alvo de preocupação constante da monarquia desde o século XVI. Inicialmente, a necessidade de uma estrutura postal foi solucionada por meio da doação da mercê do serviço à um vassalo real. Isso resultou na criação do ofício de Correio-mor em 1520 do Correio-mor das cartas de mar em 1657. Posteriormente, esses ofícios foram vendidos em caráter hereditário para os Gomes da Mata, e esteve sob posse desta família até 1797. A extinção do ofício de Correio-mor marcou um ponto de inflexão estratégico em relação às políticas do período anterior. A mudança, gradual e não-linear, de um paradigma de governo corporativo para outro, calcado em ideais centralizadores teve impacto na organização administrativa dos correios. A partir desse momento, a Coroa passou a entender que deveria controlar diretamente o fluxo postal. Essa tese tem como objetivo investigar o papel das reformas de Correio nos planos políticos e administrativos da Coroa portuguesa nos últimos anos do século XVIII, tendo como objeto de estudo o caso específico da implantação na América portuguesa. Este foco de análise foi escolhido como forma de compreender até que ponto as medidas reformistas surtiram os efeitos desejados pela Coroa no espaço colonial. Isso por que as próprias lacunas das normas centrais e os contextos locais não permitiram um processo de centralização coeso, no qual existisse um sistema único e integrado de Correios. Os ideais mais antigos a respeito da organização do fluxo das cartas por meios não-institucionalizados ainda subsistia nas formas de governar dos agentes da Coroa no além-mar.

Colecção João Pina-Cabral
PT/AHS-ICS/JPC · Fundo · 1905-1956

Coleção composta por documentação que abrange a atividade científica e pessoal do antropólogo João Pina-Cabral.
No caso da atividade científica, contém um maço com fotocópias do registo do trabalho pago a jornaleiros entre 1951 e 1974, anotadas a manuscrito e dois maços de fotocópias do primeiro maço. A documentação original pertence Arquivo Familiar da Casa dos "Morgados de Landim" e estas cópias foram produzidas durante o seu trabalho de campo em Ponte de Barca (1978-1985); 40 cassetes com entrevistas realizadas durante o seu trabalho de campo em Macau (1989-1991) e um conjunto variado de jornais macaenses e outras publicações (1995-1996).

No caso da atividade pessoal, a coleção contém um álbum de cartões postais (1905) e dois álbuns fotográficos (1908-1909 e 1909-1956) provenientes de Elaine Sanceau (1896-1978), amiga da família Pina-Cabral; um álbum de cartões postais e vários postais avulsos recolhidos pelo Comandante Daniel Pina Cabral, avô de João Pina-Cabral, durante um périplo por África (1924); um álbum contendo um estudo realizado pelo comandante Daniel Pina Cabral (entre 1939-1940) sobre a farolagem na costa de Angola e um conjunto variado de postais avulsos recolhidos por João Pina Cabral e por Ana Avelina Dos Santos de Pina Cabral (mãe de João Pina-Cabral).

Pina-Cabral, João
PT/AHS-ICS/JPC-02AP-001ELA-002 · Documento composto · 1908 - 1909
Parte de Colecção João Pina-Cabral

Álbum proveniente de Elaine Sanceau, amiga da família Pina-Cabral. Contém 85 fotografias tiradas por Thomas Whiffen (militar e antropólogo) entre 1908 e 1909 durante a sua expedição amazónica.
Produzidas no âmbito da sua presença na região de Putumayo (região amazónica localizada no sul da Colômbia), estas fotografias ambicionavam ser um retrato antropológico das tribos locais. Para além das fotografias das populações locais, o álbum contém ainda um retrato de Thomas Whiffen e um breve texto introdutório.

As fotografias que compõem o álbum também se encontram no seu livro "The North-West Amazons: Notes of Some Months Spent Among Cannibal Tribes", publicado em 1915.

Sanceau, Elaine
Álbum de fotografias América do Sul e avulsas
PT/AHS-ICS/JPC-02AP-001ELA-003 · Documento composto · 1909 - 1956
Parte de Colecção João Pina-Cabral

Álbum proveniente de Elaine Sanceau, amiga da família Pina-Cabral. Contém 164 fotografias, retratando vários momentos do quotidiano e várias geografias da América do Sul. Entre elas destacam-se: Asunción (capital do Paraguai) e o rio Paraguai; Corumbá (cidade brasileira localizada no Estado de Mato Grosso do Sul); Puerto Suárez, Santiago e San José de Chiquitos, Cochabamba, La Paz (Bolívia).
Para além disso, contém 37 fotografias avulsas, sendo uma parte delas repetidas e outras não incluídas no álbum. Destaca-se uma fotografia da tripulação do navio H.M.S Pelarus que, em fevereiro de 1909, chegou à cidade peruana de Iquitos com o objetivo de promover as exportações britânicas para este país. No verso da fotografia encontra-se a identificação de todos os fotografados, destacando-se o apelido Sanceau.

O álbum contém ainda dois retratos de família idênticos sendo, muito provavelmente, da família de Elaine Sanceau (foram produzidos em Montreux, localidade Suíça onde a família viveu antes de partir para o Brasil).

Sanceau, Elaine
Espólio Luís Henrique da Silva
PT/AHS-ICS/LHS · Fundo · 1908-1977

Espólio pessoal, composto por um conjunto diversificado de correspondência trocada no âmbito das várias atividades cívicas e religiosas de Luís Henrique da Silva (1921-1974); documentos pessoais, sobretudo correspondência familiar, diversos conjuntos de fotografias e documentação avulsa sobre as várias viagens que realizou ao Reino Unido, Estados Unidos da América, Canadá e Brasil (1910-1972); documentação referente ao seu percurso profissional no Instituto Comercial e Industrial do Porto e enquanto sócio e presidente do conselho de administração da Fábrica de Chocolates Imperial, S.A.R.L. em Vila do Conde (1932-1977); documentação referente à sua actividade cívica e religiosa na Aliança Evangélica Portuguesa, Beneficência Evangélica do Porto, Associação Cristã da Mocidade e Igreja Evangélica Metodista Portuguesa (1931-1975) e um conjunto de jornais, como o jornal Portugal Evangélico (1920-1930) e O Primeiro de Janeiro (1968-1970).

Silva, Luíz Henrique da.
Atividade Pessoal e Familiar
PT/AHS-ICS/LHS-01 · Secção · 1908-1972
Parte de Espólio Luís Henrique da Silva

Conjunto diversificado de documentação de âmbito pessoal. Contém correspondência trocada entre 1908 e 1967 com familiares e, em particular, com Alfredo Henrique da Silva, pai de Luis Henrique da Silva; correspondência com fotografias, diversos conjuntos de fotografias e documentação avulsa como documentos de identificação, cadernos de notas e esboços de cartas, postais, traduções, carta ao Bispo do Porto em 1958 e exemplar do Programa para Democratização da República (31 de janeiro, 1961); cadernos de notas, brochuras, programas culturais, postais, fotografias, etc. sobre as várias viagens realizadas por Luís Henrique da Silva: Escócia e Reino Unido (1910-1911); Woodbroke (1911); Nova Iorque, Boston e Canadá (1927) e Rio de Janeiro (1972).

Viagens
PT/AHS-ICS/LHS-01-03 · Subsecção · 1910-1972
Parte de Espólio Luís Henrique da Silva

Conjunto de documentação avulsa (cadernos de notas, brochuras, programas culturais, postais, fotografias, etc.) sobre as várias viagens realizadas por Luís Henrique da Silva: Escócia e Reino Unido (1910-1911); estadia em Woodbroke (1911); viagem a Nova Iorque, Boston e Canadá (1927); e viagem ao Rio de Janeiro (1972).

Colecção Nuno Gonçalo Monteiro
PT/AHS-ICS/NGM · Fundo · 1735-1904

Colecção constituída por documentos originariamente pertencentes a casas nobiliárquicas dos séculos XVII a XIX, nomeadamente dos Duques de Lafões, Marqueses de Abrantes e Condes de Vila Nova, Marqueses de Marialva, Marqueses de Valença e Casa de Trofa, e ainda por três livros de negociantes do século XIX.

Monteiro, Nuno Gonçalo. 1955
Copiador de Cartas
PT/AHS-ICS/NGM-164 · Item · 1803-1809
Parte de Colecção Nuno Gonçalo Monteiro

Copiador de correspondência de comerciante sedeado em Pernambuco, relativo a tráfego de escravos, comércio de vinhos, chitas, madeira, etc.

Espólio Pinto Quartin
PT/AHS-ICS/PQ · Fundo · 1883-1970

Espólio pessoal de António Tomás Pinto Quartin, constituido quer por documentação de natureza pessoal, quer por panfletos, brochuras, jornais, revistas, e alguns objectos que foi acumulando. Espelha a actividade jornalística e política de Pinto Quartin, contendo ainda correspondência pessoal com políticos e intelectuais da época, e vários dos seus interesses culturais, com especial ênfase no teatro. Espelha também a relação conjugal de longa data (de 1916 a 1970) com Deolinda Lopes Vieira (1888-1993), professora primária.
Reúne fontes de grande potencial para a história social e política dos últimos anos da Monarquia Constitucional e da I República e para o estudo da Oposição política ao Estado Novo, cobrindo sensivelmente o período de finais do século XIX até aos anos 50 do século XX.

Quartin, António Tomás Pinto.