troca de correspondência entre António Barreto, enquanto estrangeiro e a policia de emigração suiça, entre 1969 e dezembro de 1970.
Informação sobre o envio do visto de residência e de outros documentos solicitados como um contrato de trabalho nas Nações Unidas.
Barreto, António.Esclarecimento ao Contrôle de L'Habitant da Polícia de Genebra sobre situação profissional com informação do envio de documentos comprovativos.
Barreto, António.Solicita informação sobre a renovação do contrato de António Barreto com as Nações Unidas.
Contrôle de L'Habitant da Polícia de GenebraCarta para António Barreto a solicitar o envio do visto de residência o mais depressa possível.
Contrôle de L'Habitant da Polícia de GenebraCarta enviada ao Contrôle de L'Habitant da Polícia de Genebra comunica o envio do visto de residência, tal como solicitado.
Barreto, António.Carta para António Barreto a solicitar resposta a questionário (em anexo) necessário para renovar a autorização de residência.
Contrôle de L'Habitant da Polícia de GenebraCarta para António Barreto relembra a necessidade do envio de questionário preenchido para renovar a autorização de residência em Genebra.
Contrôle de L'Habitant da Polícia de GenebraCarta enviada ao Contrôle de L'Habitant da Polícia Genebra com informação sobre as organizações onde está a trabalhar e contratos de trabalho.
Barreto, António.Tomada de posição em relação aos resultados das eleições na AAC que deram a vitória à lista do Conselho das Repúblicas; recomendações aos colegas de Coimbra.
Associação dos Estudantes Portugueses da Universidade de LausanneRelatório de actividades da direcção cessante referente ao ano lectivo de 1964-65.
Associação dos Estudantes Portugueses da Universidade de GenebraComunicado de resposta a um conjunto de situações: demissão do antigo secretário da direcção; acusações de três estudantes portugueses em Genebra; entrevista com o Cônsul de Portugal em Genebra.
Associação dos Estudantes Portugueses da Universidade de GenebraComunicado com cupão a preencher por eventuais interessados em fazer parte de peça de teatro.
Associação dos Portugueses de GenebraEsclarecimento dos estudantes aos camaradas operários sobre incidentes durante sessão do filme "Portugal de Hoje" interrompido pela assistência com palavras de ordem contra o fascismo e contra a guerra colonial.
Associação dos Estudantes Portugueses de ToulouseResoluções do primeiro seminário dos militantes da UNITA na Europa: história e análise do nacionalismo angolano e seu desenvolvimento; o papel da UNITA no processo da luta de libertação nacional; o problema da unidade nacional e a UNITA face à opinião pública internacional.
Publicação de portugueses emigrados na Suíça: apoio à Frente Patriótica de Libertação Nacional; balanço do trabalho e constituição do grupo; emigração em Portugal; apoio aos processos de independência em Angola e Moçambique.
Contém: nº1 (jan. 1965).
Exilados portugueses em Argel. A FPLN das origens à rutura com Humberto Delgado (1960-1965)
Martins, Susana, 2013
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em História Institucional e Política Contemporânea, Universidade Nova de Lisboa
O estudo arranca em 1958, no rescaldo das eleições presidenciais, quando se iniciam as movimentações oposicionistas que visam a criação de uma forte organização unitária capaz de dar continuidade ao enorme entusiasmo popular que pautara toda a campanha presidencial, em especial em torno da candidatura de Humberto Delgado. A saída para o exílio de um conjunto de quadros democratas diretamente empenhados neste processo, dinamiza a oposição no exterior e dá-lhe um progressivo protagonismo, sobretudo a partir de 1961. A partir de então a diáspora política portuguesa deixa de ser encarada como mero apêndice logístico do interior e reassume-se como um centro próprio de luta política. É esta renovada frente externa que toma em mãos a iniciativa de realizar uma reunião entre a oposição no interior e no exterior, ponto de partida para constituir um organismo executivo no estrangeiro, que se dedicasse, essencialmente, à representação dos democratas portugueses e ao trabalho de propaganda. O encontro tem lugar em Roma, nos últimos dias de 1962, e dele resulta a criação da Frente Patriótica de Libertação Nacional (FPLN), o nome atribuído ao movimento unitário oposicionista existente no interior, que teria a partir de então uma base de trabalho no estrangeiro. Tal secretariado acabará por se fixar na recém-independente Argélia e aí funcionará até ao 25 de abril de 1974. É a história do primeiro ciclo da vida deste secretariado no exterior que, muito em particular, se procura traçar na presente dissertação. É o ambiente revolucionário de Argel que servirá de palco a uma intensa luta pela hegemonia da unidade antifascista portuguesa. Uma luta travada especialmente entre o Partido Comunista Português, o delgadismo e as forças que vão ganhando corpo à esquerda dos comunistas – o Movimento de Acção Revolucionária, primeiro, a Frente de Acção Popular a seguir –, autoexcluídos que estão os sectores mais moderados e conservadores da oposição. O papel a atribuir à frente externa, o enfoque a dar à luta anticolonial no contexto da resistência lusa e as formas de luta que esta deveria privilegiar são os principais temas em debate, tomando a discussão em torno na luta armada grande destaque. Nos finais de junho de 1964, Humberto Delgado chega a Argel para assumir a liderança do organismo dirigente da FPLN no exterior. Cientes do prestígio interno do general, do seu desejo de ação imediata e do seu voluntarismo, os quadrantes mais radicais olham-no como última cartada do duro ataque que, sobretudo desde os finais de 1963, movem contra os representantes das forças tradicionais da oposição, entre elas o PCP. Porém, logo Delgado se incompatibiliza irremediavelmente com os seus parceiros de direção e rompe com a FPLN. Estamos em outubro de 1964. Os comunistas ganham o controlo da Frente e impõem a sua linha política. É o fim do projeto unitário tal qual fora concebido em Roma.
Produzido pela Comissão de Impensa do Movimento de Esquerda Socialista.
Relacionado com a saída de Marcelo Caetano e de Américo Tomás de Portugal.