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Descrição arquivística
PT/AHS-ICS/DIV-02C-2017-07 · Item · 2017-07-07
Parte de A Divulgação AHS/ICS-ULISBOA

Lopes, Filipa Alexandra Carvalho Sousa (2017). As vozes da oposição ao Estado Novo e a questão de Goa [Tese de doutoramento em História], Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Repositório FLUP. https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/108453/2/226681.pdf

Após a proclamação da independência da Índia, o Governo da União Indiana, solicitou em 1950 ao Governo português a abertura de conversações quanto ao futuro
das colónias portuguesas no Indostão. Perante a recusa de qualquer tipo de negociação por parte do governo de Salazar, foi encerrada, em 1953, a Legação da União Indiana em Lisboa, desencadeando-se uma escalada de acontecimentos que irão ter a sua expressão extrema na noite de 17 para 18 de dezembro de 1961, com a invasão de Goa, Damão e Diu pelas tropas da União Indiana.
Com a informação controlada e a opinião pública manipulada de modo a unir os portugueses em torno de um regime que defendia a sobrevivência das fronteiras de um
país pluricontinental, as vozes da oposição à ditadura têm dificuldades em ser ouvidas e a sua abordagem no que se refere à questão colonial difere no seu conteúdo e na sua forma num momento em que, sob os efeitos da Guerra Fria, a união da oposição era cada vez mais difícil. O direito dos povos das colónias portuguesas à autodeterminação e independência tornar-se-ia numa das fontes de diferença mais significativas na luta contra a ditadura. Por um lado, o passado histórico republicano de defesa da integridade do território colonial pesava nas atitudes dos oposicionistas republicanos. Se estes desenvolveram um conjunto de conceções de proteção do Império perante a ameaça de Nehru, igualmente reivindicaram o debate público sobre Goa, de modo a informar e alertar a opinião portuguesa desligada do conflito luso-indiano. Por outro, a questão de Goa e o posicionamento do regime salazarista assumirão particular importância para o PCP que, nos inícios dos anos cinquenta, considerava a luta pela Paz como uma das importantes frentes de batalha no combate antifascista, reafirmando na Declaração do Partido Comunista Português de Maio de 1954 que, para a solução do problema de Goa, se impunha que se iniciasse negociações entre os governos de Portugal e da União
Indiana e se garantisse liberdade plena ao povo goês para poder expressar livremente a sua vontade.
Conhecedora a oposição em Portugal da reivindicação por parte do grupo dos autonomistas goeses da elaboração de um novo Estatuto Político que concedesse maior
autonomia ao Estado Português da Índia e do desenvolvimento do movimento vi nacionalista goês, defensor da integração de Goa na União Indiana, as palavras usadas
pelas oposições portuguesas foram sempre cuidadosamente escolhidas - ou omitidas - de modo a não perder o apoio da população, onde existia em torno das colónias um
certo consenso nacional. Unida a oposição nas eleições para a Presidência da República de 1958 em torno da candidatura de Humberto Delgado, optou pelo silêncio total sobre o direito à independência para as colónias portuguesas. Este, pelo contrário, já havia sido defendido pelo PCP em 1957, no seu V Congresso.
Para a oposição exilada e para o movimento nacionalista goês os diferentes pontos de vista por parte das oposições portuguesas do interior, provocavam dificuldades e geravam impasse. A questão colonial infligiu, assim, duros golpes na possibilidade de entendimento entre nacionalistas goeses e as oposições portuguesas.

"Colonialismo in Africa"
PT/AHS-ICS/CAHS-MNA-250 · Item · 1973
Parte de Colecção Arquivo de História Social

Dossier sobre o colonialismo em África publicado pelo Azione Sociale, Nº7/8 (18-25 de Fevereiro de 1973).
Inclui um dossier em que é analisada a situação em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau; de MPLA, FRELIMO, PAIGC; Cabora Bassa; campos de concentração.

Azione Sociale
PT/AHS-ICS/CAHS-MNA-024 · Item · 1971/01/14
Parte de Colecção Arquivo de História Social

Brochura reproduzindo mensagem do novo ano de Amílcar Cabral, Secretário-Geral do PAIGC, referindo-se à "agressão criminosa dos colonialistas portugueses contra a República da Guiné"

PAIGC - Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde
A República e as Colónias
PT/AHS-ICS/CAHS-MNA-261 · Item · post. 1971
Parte de Colecção Arquivo de História Social

Ensaio sobre o colonialismo português, sobretudo na sua dimensão económica, entre o fim do século XIX e da Monarquia e o início do século XX. Autor não identificado

PT/AHS-ICS/CAHS-MNA-037 · Item · 1970-06
Parte de Colecção Arquivo de História Social

Brochura dos Serviços de Informação do PAIGC reeditando texto de uma análise feita em 1962 por Amílcar Cabral, Secretário-Geral do PAIGC, sobre a luta pela independência dos povos da Guiné e Cabo Verde. Texto reeditando para a Conferência Internacional de Solidariedade com os Povos das Colónias Portuguesas (Junho 1970)

PAIGC - Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde
«Sur les lois portugaises de domination coloniale»
PT/AHS-ICS/CAHS-MNA-032 · Item · 1970-06
Parte de Colecção Arquivo de História Social

Brochura dos Serviços de Informação do PAIGC reeditando texto de Amílcar Cabral, Secretario-Geral do PAIGC, apresentado em Junho de 1962 ao Comité Especial da ONU para os Territórios sob Administração Portuguesa. Texto reeditado para a Conferência Internacional de Solidariedade com os Povos das Colónias Portuguesas (Junho 1970).

PAIGC - Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde