Espólio pessoal de António Tomás Pinto Quartin, constituido quer por documentação de natureza pessoal, quer por panfletos, brochuras, jornais, revistas, e alguns objectos que foi acumulando. Espelha a actividade jornalística e política de Pinto Quartin, contendo ainda correspondência pessoal com políticos e intelectuais da época, e vários dos seus interesses culturais, com especial ênfase no teatro. Espelha também a relação conjugal de longa data (de 1916 a 1970) com Deolinda Lopes Vieira (1888-1993), professora primária.
Reúne fontes de grande potencial para a história social e política dos últimos anos da Monarquia Constitucional e da I República e para o estudo da Oposição política ao Estado Novo, cobrindo sensivelmente o período de finais do século XIX até aos anos 50 do século XX.
O espólio ilustra as diferentes atividades a que se dedicou este monárquico, nascido no Porto em 1868. Contém documentação relacionada com a atividade de António de Sousa Ribeiro como oficial colonial e empresário ligado às antigas colónias portuguesas. O conjunto documental integra um vasto fundo bibliográfico focado nos temas coloniais; um conjunto diversificado de fotografias e álbuns fotográficos de antigas colónias portuguesas: Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné, Angola e Timor, mas também antigos territórios controlados pelo Reino Unido: na África do Sul e Hong Kong; e um conjunto de fotografias tiradas na metrópole portuguesa, destacando-se os retratos de estudantes e de figuras do clero, incluindo um ou outro retrato de mulher e um conjunto de fotografias de paisagens.
Ribeiro, António SousaColonialismo e plantação de cacau em São Tomé e Principe no Acervo do AHS, texto de divulgação pela investigadora Marta Macedo.
Breves apontamentos etnográficos sobre os povos de Angola para o XX Concurso de Literatura Colonial – 2ª Secção.
texto de divulgação do acervo do AHS, sobre a Mensagem,órgão da Casa dos Estudantes do Império, número saido em 07-1964, por Joana Bénard da Costa, revisão de Rita Almeida de Carvalho.
texto de divulgação do acervo do AHS, sobre documento do MPLA e a guerra de libertação do colonialismo português em Angola, por Joana Bénard da Costa, revisão de Rita Almeida de Carvalho.
texto de divulgação do acervo do AHS, sobre notícia da agência Reuters enviada a partir de Joanesburgo relativa à controvérsia em torno de um sermão do então Bispo de Nampula. Post. 1968, por Joana Bénard da Costa, revisão de Rita Almeida de Carvalho.
Roque R. The colonial ethnological line: Timor and the racial geography of the Malay Archipelago. Journal of Southeast Asian Studies. 2018;49(3):387-409. doi:10.1017/S0022463418000322
Artigo publicado depois como capítulo em monografia editada por Ricardo Roque e Warwick Anderson, Imagined Racial Laboratories: Colonial and National Racialisations in Southeast Asia, pela Brill 2023.
This article examines the connected histories of racial science and colonial geography in Island Southeast Asia. By focusing on the island of Timor, it explores colonial boundaries as modes of arranging racial classifications, and racial typologies as forms of articulating political geography. Portuguese physical anthropologist António Mendes Correia’s work on the ethnology of East Timor is examined as expressive of these productive connections. Correia’s classificatory work ingeniously blended political geography and racial taxonomy. Between 1916 and 1945, mainly based on data from the Portuguese enclave of Oecussi and Ambeno, he claimed a distinct Malayan racial type for the whole colony of ‘Portuguese Timor’. Over the years he developed an anthropogeographical theory that simultaneously aimed to reclassify East Timor and to revise the racial cartography of the Malay Archipelago, including Wallace’s famous ethnological line.
Guimarães, Paulo Eduardo. (2022). "António Pinto Quartin: um anti-colonialista em Angola nos anos '30 do século XX" in Alves, Ricardo; Redol, A. Mota (coord.), Anarquismo, Insubmissão e Incoformismo; Edições Colibri, pp. 187-206. https://dspace.uevora.pt/rdpc/handle/10174/32850
Neste texto, o autor traça o percurso biográfico e intelectual do jornalista e libertário António Pinto Quartin durante a sua estadia em Angola nos anos'30. Baseando-se em fontes coevas, documentação pessoal e jornalista, destaca-se aqui a leitura crítica da experiência colonial portuguesa, bem como a intervenção crítica do jornalista na sociedade colonial angolana.
Silva, Maria do Mar. (2018). "Robusta empire : coffee, scientists and the making of colonial Angola (1898-1961)" [Tese no âmbito do Programa Interuniversitário de Doutoramento em História, Universidade de Lisboa, com a participação do ISCTE- Instituto Universitário de Lisboa, Universidade Católica Portuguesa, Universidade de Évora. https://repositorio.ul.pt/handle/10451/32678
Esta dissertação explora o envolvimento dos cientistas com o café Robusta e seu papel na construção do Império Colonial Português tardio. O texto analisa como é que
esta espécie indígena de café entrou na agenda dos botânicos e agrónomos a trabalhar em Angola, e como foi transformada numa mercadoria global. Seguindo os cientistas e examinando as suas práticas de construção de conhecimento, esta dissertação pretende contribuir para uma melhor compreensão da relação entre ciência e império em África, e para a identificação de dinâmicas históricas que moldaram a trajetória imperial do café angolano. A primeira parte acompanha a emergência e consolidação dos Serviços de Agricultura de Angola (entre 1898 e 1939) e a segunda a conceção e evolução da Junta de Exportação do Café (entre 1936 e 1961). Em termos
documentais, a presente investigação baseia-se fundamentalmente, embora não completamente, em relatórios e correspondência produzida por cientistas.
Boicote ao consumo de café proveniente de Angola no mercado holandês, promovido pelo Angola Comité.
Panfleto da autoria de Melba Dias Costa apelando à retirada das tropas portuguesas de Goa.
Costa, Melba DiasBoas, Manuel Vilas, 2023, Moçambique – Da Colonização à Guerra Colonial, a Intervenção da Igreja Católica (ed. Paulinas)
Na iminência do cinquentenário do 25 de Abril – e quando se celebram 100 anos do nascimento de D. Manuel Vieira Pinto, arcebispo emérito de Nampula – Amadeu Gomes de Araújo e Manuel Vilas Boas decidiram-se pela escrita, a quatro mãos, da História de Moçambique e do papel da Igreja Católica, durante a colonização. O livro destaca os encontros e desencontros, dos povos, a partir dos finais do séc. xv, nas praias do Índico, onde se cruzaram as caravelas de Vasco da Gama, com outras línguas, culturas e religiões, ao longo da mítica Rota da Seda à intervenção da Igreja Católica, no longo período que antecedeu a Independência de Moçambique, de modo especial nas dioceses da Beira, Tete e Nampula. Também se evocam os factos que marcaram a ação da Igreja pela denúncia de massacres perpetrados pelas Forças Armadas Portuguesas, bem como os desmandos da revolução marxista-leninista que se instalou na República Popular de Moçambique, após a Independência. Recordam-se ainda personagens essenciais, antes e depois do 25 Abril, como a expulsão do bispo de Nampula, D. Manuel Vieira Pinto, dos missionários Brancos e de Burgos, e ainda os missionários Combonianos.
Divulgação sobre o Álbum do Real Padroado da Huíla, produção da tipografia da Missão criada por missionários da Congregação do Espírito Santo em 1892, Angola.
Reprodução da intervenção de M. José Óscar Monteiro, da representação na Algéria da FRELIMO, em nome dos movimentos de libertação.
Fontes de vários fundos que o AHS salvaguarda têm potencial para a história da ruralidade portuguesa. O inventário detalhado de documentos de gestão de grandes propriedades latifundiárias, como da Casa Barão de Almeirim (1794-1959) ou da Casa Agrícola da Herdade da Palma (1873-1960) fazem parte do catálogo digital do AHS há algumas décadas. Dedicamos este número a enquadrar algumas outras fontes ligadas à história agrária, mais modestas em tamanho, e relativas a um período mais curto, do final do Estado Novo até ao PREC, mas não menos empolgantes, também em catálogo, para consulta presencial com marcação.
Continuamos a apostar em textos que explorem ora fontes ora um pouco da história do AHS. Contamos neste número com Kátia Favilla, estudante do DANT, e com a usual Escolha do Arquivista por João Pedro Santos, que abordam a extinção dos Grémios da Lavoura após o 25 de abril de 1974, revelando dimensões distintas da investigação que Manuel Lucena coordenou sobre esta, durante o PREC. Oskar Ruschmann escreve sobre o estágio Erasmus+ que fez no AHS, durante o verão, onde a imprensa do final do Estado Novo bem como do PREC lhe deixou impressões fortes sobre história contemporânea portuguesa e da importância de contactar com fontes. Divulgamos novos documentos em acesso livre no fundo de Pinto Quartin PQ), e algumas novidades no catálogo, em acesso livre, ou por consulta presencial.
Temos notícias também ao nível de parcerias de catalogação, sobre imprensa em exilio. Por fim, queremos convidá-los para a finissage da exposição O Pão, A Paz, a Habitação, que conta com o lançamento de Portugal em Mudança, onde António Costa Pinto, doador dos autocolantes que lhe deram o mote, será um dos comentadores. Boas leituras. Inês Ponte