Congresso A Imprensa de Exílio(S): catalogação colectiva
O AHS juntou-se ao Grupo Internacional de Estudos da Imprensa Periódica Colonial do Império Português (GIEIPC-IP) na Comissão Organizadora do seu 1º Congresso Internacional em Coimbra sobre A Imprensa de Exílio(s), previsto para 10 e 11 de outubro de 2024. Através do GIEIPC-IP temos nos últimos meses trabalhado
conjuntamente com o Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra e com a Fundação Mário Soares e Maria Barroso, para levantar documentação periódica de imprensa em exílio nos três arquivos. Para além desse levantamento, o AHS está a consolidar no seu catálogo digital o assunto Imprensa em Exílio.
os 14 documentos catalogados referem-se a maior parte ao MPLA, incluindo comunicados de apoio por organizações internacionais. Inclui também documentação relativa ao assassinato de Amilcar Cabral, lider do PAIGC (comunicado do MPLA e da FRELIMO sobre a questão); bem como à gestão da Casa de Angola em Lisboa, Portugal, depois do 25 de abril de 1974.
Por a proveniência ser desconhecida a lógica que presidiu à organização desta documentação foi temática. Encontram-se documentos relativos, sobretudo, aos movimentos nacionalistas das então colónias portuguesas (essencialmente Angola, Moçambique e Guiné-Bissau e, respectivamente, MPLA, FRELIMO e PAIGC), mas também referentes a outros movimentos destes e de outros países. A documentação engloba ainda temas relacionados com a questão colonial, o colonialismo e a descolonização. Contém também documentação posterior às independências africanas.
Guimarães, Paulo Eduardo. (2022). "António Pinto Quartin: um anti-colonialista em Angola nos anos '30 do século XX" in Alves, Ricardo; Redol, A. Mota (coord.), Anarquismo, Insubmissão e Incoformismo; Edições Colibri, pp. 187-206. https://dspace.uevora.pt/rdpc/handle/10174/32850
Neste texto, o autor traça o percurso biográfico e intelectual do jornalista e libertário António Pinto Quartin durante a sua estadia em Angola nos anos'30. Baseando-se em fontes coevas, documentação pessoal e jornalista, destaca-se aqui a leitura crítica da experiência colonial portuguesa, bem como a intervenção crítica do jornalista na sociedade colonial angolana.
Exposição "Amilcar Cabral," Palácio Baldaya, org. pelo IHC. Documento: da série JL-MNA-73: PAIGC actualités, nº 35. Foi digitalizado externamente e seguiu para exposição. Comissão Comemorativa dos 50 anos 25 de Abril
"A exposição sobre Amílcar Cabral é inaugurada no ano em que passa meio século sobre o seu assassinato (1973, Conacri), e conta a história do revolucionário que – ao lado dos seus camaradas do PAIGC – contribuiu decisivamente para o fim do último império colonial europeu. Mostra objetos e correspondência de Cabral, mas também imagens, sons e textos que outras e outros lhe têm dedicado. É uma exposição sobre Amílcar Cabral e as suas vidas posteriores.
“Amílcar Cabral foi uma figura destacada do século XX cuja memória permanece, seja no imaginário político ou no nome das ruas de vários países do hemisfério Sul, da África do Sul ao Brasil. A sua vida é hoje motivo de renovado interesse em África, assim como nas periferias de capitais europeias, em universidades ocidentais ou nos principais canais televisivos mundiais”, explica José Neves, membro da Comissão Científica da iniciativa.
No Palácio Baldaya estarão 50 peças que permitem uma viagem pela vida do agrónomo e líder nacionalista, mas não só: “Cada uma das peças expostas leva-nos a momentos e lugares da vida de Cabral, enquanto indicia o tempo, o espaço e a experiência de quem o conheceu, vigiou, admirou, filmou, retratou ou cantou. Cabral está omnipresente, mas muitas das 50 peças que exibimos têm protagonistas próprios, da fotógrafa italiana Bruna Polimeni ao músico angolano David Zé, passando pelo líder ganês Kwame Nkrumah”, acrescenta o historiador.
A partir da exposição, a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril vai promover iniciativas diversificadas – mesas redondas, concertos, visitas guiadas e cinema –, incidindo sobre temas como liberdade, colonialismo, luta anticolonial e descolonização.
A iniciativa tem curadoria científica de José Neves e Leonor Pires Martins, consultoria de Alfredo Caldeira; Arquitetura de Ricardo Santos e Miguel Fevereiro; e Grafismo de Vera Tavares. Conta, enquanto parceiros, com a Junta de Freguesia de Benfica, a Fundação Amílcar Cabral, o Laboratório Associado IN2PAST, a Associação TCHIWEKA de Documentação, e a Fundação Mário Soares e Maria Barroso."
Reúne materiais gerados pela Exposição “A Paz, o Pão, Habitação…”: Valores de Abril em Autocolantes; Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 22 de maio de 2024 a 30 de Setembro de 2024; Curadoria: Inês Ponte, Annarita Gori, João Pedro Santos, AHS/ICS-ULisboa
"Através de autocolantes que fazem parte do acervo do Arquivo de História Social do ICS-ULisboa, esta exposição evoca os valores fundamentais de Abril: a Paz, o Pão, a Habitação, a Saúde e a Educação, como expressa a canção “Liberdade” escrita por Sérgio Godinho, há 50 anos. Quantos destes valores parecem hoje estar ainda por cumprir? Em jeito de balanço sobre os desafios que ainda se colocam aos valores de Abril, a exposição dialoga também com recursos visuais contemporâneos. Apropriando-nos dos autocolantes, na época um meio de divulgação comum, esta exposição sobre a intemporalidade dos valores de Abril é também uma forma de celebrarmos a expressão popular.
“A Paz, o Pão, Habitação…”: valores de abril em autocolantes tem por base a coleção de autocolantes proveniente de António Costa Pinto, investigador do ICS-ULisboa".
texto de divulgação do acervo do AHS, sobre documento do MPLA e a guerra de libertação do colonialismo português em Angola, por Joana Bénard da Costa, revisão de Rita Almeida de Carvalho.
Joana Bénard da CostaConjunto variado de documentação produzida pela Frente Patriótica de Libertação Nacional: comunicados (1964-1969) sobre a ameaça de envio dos presos políticos para o Tarrafal ou sobre a visita da FPLN à República Democrática Alemã; serviços de informação, serviços de imprensa e circulares (1963-1965), referindo-se ao assassinato do General Humberto Delgado ou aos presos políticos em Peniche; declarações e apelos (1965-1968); documentação relativa a conferências e assembleias-gerais como a 2ª Conferência das organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas (1960-1967). Entre outros.
Número 7 do Boletim Liberdade, Órgão da Frente Patriótica de Libertação Nacional (Setembro, 1967).
FPLN - Frente Patriótica de Libertação NacionalPáginas Anticolonialistas, publicação do Comité Informação Portugal. Contém: nº1; 1972 e nº2; 1973.
Órgão da F.P.L.N. que no primeiro número se apresenta da seguinte forma: " O título deste jornal é um programa e uma bandeira: LIBERDADE".
Contém: nº8; nov. 1967.
Órgão da F.P.L.N que no primeiro número se apresenta da seguinte forma: " O título deste jornal é um programa e uma bandeira: LIBERDADE".
Contém: nº1; fev.1966; nº2; mar.1966; nº3-4; abr-mai; nº5; dez. 1966; nº6; jul. 1967; nº7; set. 1967; nº8; nov. 1967; nº9; fev. 1968; nº10; mar. 1968; nº11; abr. 1968; nº12; mai. 1968; nº13; jun-jul 1968; nº14; nov. 1968; nº15; jun. 1969
Boletim do Comité de Refugiados na Holanda, organização associada aos Núcleos O Comunista/OCMLP (Cordeiro, 2020). Contém: s.n., ago. 1972; nº2; out. 1972 e nº3; fev. 1973.
Boletim da Comissão da F.P.L.N. Contém: nº1, fev. 1968.
Boletim editado pela Comissão da F.P.L.N em Hauts-de-Seine. Contém: nº1, fev. 1968.
Órgão do MAR
Existências:
Nº2 Dezembro 1964, Nº6 Setembro de 1965 e Nº7 Dezembro de 1965
Exemplar do nº 1 do boletim Angola Cultura e Revolução publicado em 1964 pelo Centro de Estudos Angolanos.
Centro de Estudos AngolanosBoletim publicado pela Grupo Português Unitário em Amsterdão. Contém nº2; ago. 1971; nº3; set. 1971 e nº4. nov. 1971.
Tulipa VermelhaComunicado da LUAR de apoio ao movimento grevista, de apelo à luta armada, contra a guerra colonial e as prisões políticas
Comunicado da LUAR de apoio ao movimento grevista, de apelo à luta armada, contra a guerra colonial e as prisões políticas