Série 4 - O Concurso Público que Eça de Queirós não ganhou

Anúncio de abertura do concurso para cônsul de 1ª classe - Diário do Governo, n.º 137, de 22 de J... Requerimento e alvará de folha corrida de Eça de Queiroz, Lisboa, 6 e 7 de Julho de 1870 Requerimento e alvará de folha corrida de Eça de Queiroz, Vila do Conde, 9 de Julho de 1870 Certidão do Governador Civil de Leiria relativa ao exercício do cargo de Administrador do mesmo C... Requerimento e auto de posse do cargo de administrador do concelho de Leiria por Eça de Queiroz, ... Ofício de Nogueira Soares, Director-Geral dos Consulados e dos Negócios Comerciais, sobre requeri... Requerimento e certidão de decretos de nomeação de Manuel Saldanha da Gama para os cargos governa... Requerimento de Manuel Saldanha da Gama para admissão ao concurso, 1 de Agosto de 1870 Ofício de Nogueira Soares sobre a fixação da data das provas para o concurso, 31 de Agosto de 1870 Relação dos candidatos admitidos ao concurso - Diário do Governo, n.º 215, de 24 de Setembro de 1870 Prova teórica de Eça de Queiroz, [24 de Setembro de 1870] Prova prática de Eça de Queiroz, [24 de Setembro de 1870] Ofício de Nogueira Soares sobre a constituição do júri do concurso, 24 de Setembro de 1870 Acta com a classificação dos candidatos, 1 e 2 de Outubro de 1870 Proposta de Nogueira Soares para a redução das despesas de representação do Consulado da Baía, 6 ... Representação de súbditos portugueses residentes na Baía pedindo a nomeação de Manuel Saldanha da... Carta do consulado português na Baía ao Marquês de Ávila e de Bolama, Presidente do Conselho de M... Carta de Manuel Saldanha da Gama ao Marquês de Ávila e de Bolama sobre a sua tomada de posse de C...

Zona de identificação

Código de referência

PT-AHS-ICS-MFM-AI-4

Título

O Concurso Público que Eça de Queirós não ganhou

Data(s)

  • 1870 - 1871 (Produção)

Nível de descrição

Série

Dimensão e suporte

18 documentos em formato digital (pdf).

Zona do contexto

Nome do produtor

Entidade detentora

História do arquivo

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

O concurso público para o lugar de cônsul de Portugal no estrangeiro, o primeiro a realizar-se em novos moldes, tem interesse a vários títulos. Desde logo, pela filosofia, meritocrática, que subjaz ao diploma de 18 de Dezembro de 1870, e, depois, pelos candidatos que a ele se submeteram, de que o mais famoso é certamente Eça de Queirós. Além do texto integral do decreto, incluem-se aqui muitos outros documentos, a maior parte dos quais inéditos, bem com o original e a respectiva transcrição (feita por Maria José Marinho e por Maria Isabel Soares) da prova teórica a que Eça, juntamente com sete outros candidatos, se submeteu no Ministério dos Negócios Estrangeiros, a 24 de Setembro de 1870.

Como se sabe, Eça viria a protestar contra o facto de ter sido supostamente preterido - ficaria em segundo lugar - num artigo que viria a publicar em «As Farpas», de Novembro de 1871, no qual invocou ter sido alvo de perseguição política. Como tentámos provar num texto ao tema dedicado, as coisas foram mais complicadas do que ele nos quis fazer crer .

Apesar dos esforços de Mendes Leal, para que o concurso fosse honesto, os «empenhos» sobre os membros do júri não tardaram a aparecer. Num país de camponeses analfabetos, onde as classes médias viviam coladas ao Estado, um concurso público dificilmente poderia ser isento. No caso que analisámos, os candidatos sobre os quais mais documentos possuímos, Eça de Queirós e Jaime Batalha Reis, consideravam que meter «cunhas» era a coisa mais natural do mundo. Mas nem tudo foi vergonhoso. Se o júri tivesse desejado colocar, desde o início, o filho do Conde da Ponte em primeiro lugar, nada mais simples do que atribuir-lhe, nas provas, uma qualificação mais elevada do que a que conferiu a Eça de Queirós. No entanto, não foi isso que fez. O mais provável é não ter obtido Eça o posto na Baía por não possuir experiência administrativa: um dia não chegava, de facto, como qualificação. O que não o impediu de relatar, em As Farpas, aquela história sobre uma misteriosa «cunha» feminina, a que acrescentou uma misteriosa perseguição política. Em suma, os génios literários não devem ser tomados à letra.
Maria Filomena Mónica

Avaliação, selecção e eliminação

Ingressos adicionais

Sistema de organização

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

Script do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Instrumentos de descrição

Zona de documentação associada

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

Descrições relacionadas

Zona das notas

Identificador(es) alternativo(s)

Pontos de acesso

Pontos de acesso - Assunto

Pontos de acesso - Local

Pontos de acesso - Nomes

Pontos de acesso - Género (tipologias documentais)

Identificador da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

Estatuto

Nível de detalhe

Datas de criação, revisão, eliminação

acrescentado "Eça de Queiroz" como ponto de acesso. Ip 07.2023

Línguas e escritas

Script(s)

Fontes

Zona da incorporação

Assuntos relacionados

Pessoas e organizações relacionadas

Géneros relacionados

Locais relacionados